• Amo Orquideas

  • segunda-feira, 31 de maio de 2010

    COMO CULTIVAR ORQUIDEAS



    Introdução

    Apesar do grande número de espécies de orquídeas existentes, podemos falar do seu cultivo de forma generalizada. Mas é claro, o bom senso sempre deve prevalecer, adaptando-se a cada situação.
    Não se engane com a aparência delicada das suas flores. As orquídeas são muito mais rústicas e fáceis de cultivar do que parecem.
    Você quer iniciar uma pequena coleção de orquídeas, mas não sabe nem por onde começar? Comprou uma orquídea e não sabe cuidar dela? Não se preocupe, pois isso é normal, e nós te daremos todas as dicas necessárias para ter sucesso no cultivo.

    Cultivo comercial de orquídeas
    Neste artigo, você encontrará todos os passos, desde a escolha do vaso, plantio, multiplicação, até os cuidados necessários para mantê-las sempre bonitas.
    Aplicando a ecologia no cultivo
    É importante entender o meio no qual a orquídea vive naturalmente para saber como cultivá-la.
    Trataremos aqui somente das orquídeas epífitas, pois são as mais comumente cultivadas.

    As orquídeas epífitas vivem naturalmente sobre as árvores, sob a luz intercalada pelas folhas de sua copa, sob condições de luminosidade, umidade, temperatura e nutrientes ideais ao seu crescimento e florescimento.

    Hábitat natural de uma orquídea epífita
    Para o cultivo das orquídeas epífitas (a grande maioria das espécies), devemos tentar alcançar as condições encontradas no ambiente natural da orquídea, alcançando seu melhor desenvolvimento.
    Para entender melhor a ecologia das orquídeas.
    Entenda os hábitos das orquídeas
    Aplicando a biologia no seu cultivo

    Onde as orquídeas ficam? O que precisam pra se desenvolver ao máximo? Por que não deixa-las no sol pleno?
    Essas e outras respostas, você encontra aqui.

    Grande família
    A família Orquidaceae é sem dúvidas uma das mais numerosas de todo o reino Plantae (antigo reino Vegetal). São mais de 25 mil espécies já conhecidas.

    As 3 principais categorias
    Há vários hábitos diferentes no meio ambiente, as 3 principais categorias no Brasil são: as epífitas, as terrestres e as saprófitas. Conheça um pouco mais sobre elas:

    1. epífitas:


    Abrange a maioria das orquídeas cultivadas. São aquelas que ficam sobre os troncos e galhos de árvores. Não são parasitas! Elas utilizam os troncos como suporte, nada mais. Elas retiram os nutrientes das folhas e outros fragmentos que caem próximos às raízes.

    Simulando a luminosidade natural
    Sob as folhas das árvores, as orquídeas recebem a luz do sol que passa entre as folhas, sendo essa a luminosidade ideal ao seu crescimento. Em cultivos comerciais, o efeito é reproduzido com sombrites e ripas, que simulam o sombreamento parcial das folhagens.

    As raízes das epífitas são cobertas por uma casca porosa chamada velame, que consegue absorver água do ar. Em ambientes muito úmidos muitas orquídeas dispensam irrigação. O excesso de água gera apodrecimento dessas estruturas.

    Alguns fungos chamados micorrízicos se associam às raízes das orquídeas, ajudando na absorção de água e nutrientes. Estudos demonstram que eles são essenciais às orquídeas. Mexer nas raízes das orquídeas constantemente causa quebra dessas estruturas, gerando problemas.
     Orquídea epífita em seu hábitat natural


    2. terrestres: São quase a metade das espécies de orquídeas, mas são poucas as cultivadas comercialmente. São as que se desenvolvem no chão, e possuem hábitos semelhantes às outras plantas terrestres. São muitas as espécies no Brasil, e muitas são orquídeas muito decorativas, mas são pouco exploradas comercialmente.

    3. saprófitas:
    são orquídeas que não fazem fotossíntese, absorvem compostos orgânicos do substrato. Suas flores são pequenas e pálidas, sem grande interesse ornamental.
    O ambiente natural x Ambiente de cultivo
    Como qualquer planta, para as orquídeas expressarem seu máximo potencial, o melhor método é a simulação das suas condições naturais. Fazemos isso com sobreamento artificial, irrigações controladas, substratos adequados, adubações complementares, entre outras.
    Em que vaso plantar?
    Existem várias opções disponíveis no mercado, mas para as residências, os mais fáceis são os de barro cozido, preferencialmente furados nas laterais, para garantir boa drenagem e aeração. Os vasos de plástico são comercialmente melhores, devido à sua leveza e facilidade de transporte.
    Como plantar as orquídeas?
    Provavelmente sua orquídea já está plantada em um vaso, por isso, explicaremos mais sobre seu transplante (troca de vaso).
    Passo-a-passo para plantar:
    1. Retire a orquídea do vaso - Se possível, retire as mudas conforme será explicado Vaso de orquídea
    2. Lave as raízes - Faça isso com cuidado, em água corrente, sob uma torneira. Passe os dedos nelas, retirando-se as raízes mortas e fragmentos restantes. Mantenha as raízes saudáveis intactas. Lavagem das raízes da orquídea
    3 . Adicione material de drenagem (opcional) - Coloque uma camada de brita, argila expandida ou mesmo isopor. Material de drenagem
    4 . Coloque o substrato - Deixe um pouco para completar depois da colocação da muda. Molhe-o bem no fim do processo. Colocação do substrato
    5 . Acomode a muda - Acomode a planta em um dos cantos do vaso. Mantenha a brotação nova (base do maior pseudobulbo) voltada ao centro do vaso, para dar espaço ao seu desenvolvimento. Acomodação da muda de orquídea
    6. Adube (Opcional) - Coloque uma pequena quantidade de adubo orgânico ou mistura na lateral do vaso. Adubação da orquídea
    Como fixar em árvores?
    É muito simples. Basta amarrar a orquídea junto ao tronco no local desejado, adicionando um pouco de substrato temporário (como o esfagno ou fibra-de-coco) amarrado junto. É recomendável a adubação foliar quinzenal. O mesmo procedimento é tomado para prendermos em cascas de peroba.
    Em que substrato plantar?
    Apesar de parecerem, as orquídeas não são exigentes em substrato.
    Os substratos devem conter boa aeração, boa drenagem, fornecer nutrientes, manter a umidade e garantir a sustentação da planta, semelhante ao que ela encontra em seu hábitat natural.
           Principais substratos para orquídeas:
    • Fibra de coco - É um excelente material e muito barato. Ajuda na fixação da planta, fornece alguns nutrientes, permite boa aeração. Mas absorve pouca água, aumentando a freqüência das regas necessárias. Antes do uso, deixe de molho por 1 dia na água.
    • Casca de pinus - Material relativamente barato, com características muito boas. Permite boa aeração e ajuda na fixação da planta devido à sua rugosidade, também fornecendo alguns nutrientes. Também seca muito rápido, exigindo regas mais freqüentes.
    • Esfagno - É obtido de musgos importados, sendo um material caro. Sua principal característica é a grande retenção de água, podendo-se reduzir o número de regas. Também fornece grande quantidade de nutrientes.
    • Carvão - É o carvão de churrasco, extremamente barato. Sua principal função é a de reter a umidade e garantir boa aeração.
    • Pedra britada ou argila expandida - São muito baratos e servem tanto para drenagem (no fundo dos vasos) como em mistura no substrato.
    • Xaxim - Seu uso é hoje proibido, pois era extraído de uma samambaia em extinção da mata nativa brasileira. Era considerado o melhor substrato, com todas as boas características e bom fornecimento de nutrientes.
    Misture. Podemos juntar as boas características utilizando misturas dos materiais. Na realidade, as orquídeas são tão rústicas, que podemos plantá-las até mesmo sem qualquer substrato, bastando adubá-las e regá-las com freqüência.
    Uma dica: Se quiser tentar suas próprias misturas, tente a mistura de casca de pinus com fibra-de-coco, que tem dado bons resultados em diversos cultivos.
    Como multiplicá-las
    Sua multiplicação é geralmente fácil. Comercialmente são normalmente reproduzidas por sementes ou por micropropagação (técnica de laboratório), mas no cultivo caseiro o método
    mais utilizado é a divisão de plantas adultas (ou divisão de rizoma). A divisão de rizomas é a técnica mais fácil e acessível de multiplicação de orquídeas, já que as duas outras técnicas exigem maior nível de tecnologia e especialização, se tornando inviáveis para cultivos domésticos.

    Minha orquídea já pode ser dividida?
    Por via de regras, para a separação de rizomas ser feita de forma segura, a planta deve possuir ao menos 6 pseudobulbos (caules). Cada nova planta deverá possuir inicialmente, ao menos 3 pseudobulbos para ter maior garantia de sobrevivência. O melhor momento para dividi-las é quando estão emitindo novos brotos.
    divisão de orquídeas
    Muda com 3 pseudobulbos recém-dividida

    Passo-a-passo para a dividir sua orquídea:
    1. Retire a planta do vaso original, tirando o substrato antigo das raízes e lavando-as em água corrente, retirando as partes mortas com os dedos.
    2. Com uma faca (de preferência esterilizada no fogo), separe as plantas em mudas de 3 ou mais pseudobulbos, cortando seu rizoma
    3. Plante as novas mudas em vasos com os substratos adequados
    Onde deixá-las
    O principal fator que determina seu bom florescimento e desenvolvimento é a luminosidade do local onde ela é deixada. A luminosidade local deve ser semelhante à que encontramos em seu hábitat natural.

    As orquídeas em geral exigem um local em meia-sombra. Deixar sob a copa de árvores é uma boa opção, mas nem sempre isso é possível.
    Em grandes cultivos de orquídeas, são utilizados sombrites ou ripados, que geram bom resultado. A luminosidade ideal é de 70% de sombra.


    Grande orquidário, mantido com sombrites
    Em nossas casas, elas podem ser mantidas em locais onde bate sol direto em algum período do dia, de preferência, com o sol da manhã (Mas não necessariamente), podendo ser sob os beirais do telhado. Varandas e sacadas costumam serem bons locais para deixar as orquídeas. Resista à tentação de deixá-las dentro de casa por longos períodos, somente durante sua floração, se preferir.
    Com a orquídea no seu devido local, devemos saber quais cuidados devemos tomar. Leia o próximo tópico para saber quais são esses cuidados.
    Cuidando das orquídeas
    Não há grandes segredos nos cuidados com as orquídeas. Aqui te daremos as principais dicas para o sucesso no cultivo de orquídeas.
    Como e quando regá-las?
    O modo mais fácil de matar uma orquídea é molhando-a demais. Suas raízes ficam sem oxigênio e morrem, e os fungos se proliferam de forma descontrolada. As regas devem ser feitas de 2 a 3 vezes por semana, dependendo do clima na época.

    Não siga à risca regras do tipo "um copo de água a cada 2 dias", pois isso não funciona bem! O melhor jeito é testarmos enfiando o dedo no substrato. Cave levemente e sinta a umidade a cada 2 dias. Se ainda estiver úmido, não regue, espere até secar. Regue até que a água comece a escorrer por baixo do vaso. Para elas, é melhor a falta ao excesso de água.

    Devemos regá-las de preferência no início da manhã ou final da tarde, evite regar à noite para não deixar as folhas molhadas durante toda à noite.

    Devo adubá-las?
    Claro, ela precisa de nutrientes para crescer. O próprio xaxim ou fibra de coco é fornecedor natural de vários nutrientes.

    Se for colocar adubos no vaso, prefira os orgânicos ou as misturas.Podemos adubar colocando um pouco de adubo em um canto do vaso, na quantidade recomendada. Esse adubo irá dissolver-se aos poucos, liberando nutrientes a cada irrigação. Os melhores para isso são os orgânicos, como a torta de mamona e a farinha de osso, mas podemos também usar misturas, como o "Bokashi", que pode ser encontrado em casas especializadas. Essas adubações podem ter intervalos de 3 meses ou mais.

    A adubação foliar pode ser feita a cada 15 dias ou mais, com misturas próprias de adubo mineral, dissolvidos em água e aplicados com borrifadores comuns. Procure em casas especializadas, há diversas formulações, busque mais informações na embalagem dos produtos.
    Cada adubo exige quantidades diferentes, portanto informe-se sobre a dose e forma de aplicação do adubo que você comprar. Isso geralmente está escrito na embalagem.

    Pragas e doenças
    Poucas são as doenças que podem atacar as orquídeas, mas caso ataquem, pouco pode ser feito.

    Alguns insetos podem se tornar problemas, sendo os principais os pulgões e as cochonilhas. Os pulgões podem ser facilmente eliminados borrifando-se uma mistura de água e detergente, ou mesmo inseticidas domésticos à base de água, como o "SBP". Já as cochonilhas devem ser removidas manualmente, sob a torneira, raspando-se as folhas com uma escova macia (pode ser uma escova dental).
    Quando renovar o vaso?
    Quando a planta estiver excessivamente ramificada, ou com as raízes muito grandes para o vaso, devemos efetuar a divisão da planta, ou passá-las a um vaso maior, pois suas raízes já não possuirão mais espaço para seu bom desenvolvimento.
    Aprendendo a regar as plantas
    Queremos que nossas plantas fiquem bem saudáveis, mas como devemos regá-las corretamente?
    Aos olhos de quem nunca cuidou de plantas, regar parece uma tarefa óbvia, mas na prática ela exige alguns cuidados básicos. Mas esses cuidados são muito simples, e aqui vamos explicar para você.

    As plantas precisam de água para sobreviver e ficarem vigorosas. Elas usam a água para todos os seus processos, inclusive absorver nutrientes da terra e fazer a fotossíntese. Uma rega correta possibilita a planta de mostrar o seu máximo potencial em beleza e produção.

    Tome cuidado: não encharque demais o vaso.
    Que horas devo regar?
    Os melhores horários são de manhã e no fim da tarde (depois das 15h). Ao contrário do que muitos acreditam, regar ao meio-dia não cozinha as folhas. O que ocorre é que boa parte da água que jogamos se evapora ao meio-dia, pois é um horário muito quente.  À noite a planta absorve pouca água, e suas folhas demoram muito a secar. Para evitar o aparecimento de fungos, é melhor evitarmos regas à noite.
    Curiosidade: 'Regar' ou 'irrigar'?
    Muito se confunde o termo “irrigar”, ou “irrigação”, com o “regar”, ou “regas”. Essa diferença não é muito importante para nós, mas vale a pena entender. O termo “irrigar” faz referência às regas com quantidade de água minuciosamente controlada, calculada com base em vários fatores, o que quase nunca ocorre em jardins. O termo “irrigação” é utilizado amplamente na agricultura, o termo “rega” é utilizado para jardins e outros pequenos cultivos.

    De quanto em quanto tempo regar?
    Não siga as regras à risca. Não recomendamos a utilização de regar regradas, do tipo “dois copos de água, a cada 3 dias”, pois isso não funciona bem. Temos dias mais quentes e outros mais frios, mais secos ou mais úmidos, mais ensolarados ou menos... Cada dia a perda de água é completamente diferente do outro. Assim, regas regradas demais levam ao excesso ou falta de água em alguns dias.

    Água demais prejudica sua planta também. Por isso, mexa na terra com um palito ou com seu dedo. Veja se está seca ou úmida por baixo da superfície antes de regá-las.
    Algumas plantas precisam de regas mais freqüentes e outras menos. Verifique suas plantas a cada 2 dias. Se já estiver molhado, deixe para outra hora.

    Quanta água colocar?
    Isso dependerá de outros fatores, mas como uma regra geral, evite encharcar a terra (existem exceções).  Água demais “afoga” as raízes, que também precisam de ar, além de aumentar o aparecimento de fungos e doenças. Regue devagar, parando quando a água começar a demorar um pouco a entrar na terra, ou quando a água escorrer ao fundo de um vaso.

    Molhar as folhas tem problema?
    Depende da planta. Plantas de folhas sensíveis, como as violetas, não devem ter suas folhas molhadas
    .
    Molhar as folhas não é necessário, mas às vezes inevitável. Quando puder, aplique a água na base da planta ou em pratinhos, pois manter as folhas secas reduz a possibilidade de algumas doenças.
    No caso de pratinhos, evite mantê-los cheios d’água, pois isso é indício de excesso, e sempre coloque areia grossa, para evitar a proliferação do mosquito da dengue!
    Pesquisa Fonte Cultivando Fotos net

    Um comentário:

    1. Não é propaganda, mas informação.

      Um copo de água de “Coco Verde” de 250 ml gera mais de “1 Kg de lixo”.

      Telhado Verde
      www.cocoverderj.com.br/coberturaverde.htm

      Painéis Verticais
      www.cocoverderj.com.br/jardimvertical.htm

      Recuperação de Áreas Degradadas
      www.cocoverderj.com.br/concha.htm

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