Suas flores lembram muito aquelas da Sobralia. Aliás foi a amiga bióloga Ada Benelli quem corrigiu-me nesse sentido, pois inicialmente pensei que estava diante de uma Sobralia.  Juntos estivemos em Chapada dos Guimarães, Estado de Mato Grosso,  para  revisitar um habitat de mesma planta. Encontramos diversas Epistephium sclerophyllum   floridas neste mês de abril, vegetando nas encostas de morros com capim  nativo,  terreno rico em matéria orgânica e rochas areníticas em  altitudes acima de 800 metros.  Diferente da Sobralia, facilmente cultivada em jardins, segundo a literatura, a Epistephium sclerophyllum  dificilmente adapta-se ao cultivo doméstico, até por conta de sua  retirada do habitat, quando corta-se aquilo que parece rizoma, quebrando  a planta de raízes profundas. Mesmo pesquisadores com autorização legal  para coleta e manutenção de exemplares vivos em herbários oficiais têm  tido dificuldade nisso. O mais comum são arquivos de exsicatas, isto é,  pedaços da planta coletados, dessecados e arquivados nos herbários  oficiais de universidades. Suas flores grandes, bonitas, variam do lilás  rosado ao quase violeta, cuja inflorescência terminal apresenta  sucessivas florações nesse período. O detalhe especial de sua flor e que  difere-a das flores da Sobrália  está na parte interna do labelo  comumente trilobado, com uma risca de pequeninos filamentos que vão  praticamente da borda deste até sua base. O pedúnculo das flores mais  velhas que caem ficam parecendo cápsulas de sementes.
 

A Epistephium sclerophyllum  Lindley ocorre no Brasil, Peru, Bolívia,   Venezuela e Argentina.  Pertence ao gênero Epistephium, descrito primeiramente pelos  pesquisadores Humboldt, Bonpland e Kunth (H.B.K.) em 1822 quando foi  estudada a espécie Epistephium elatum, coletada por Kunth em  Santa Ana, hoje Falan, distrito de Tolima na Colômbia.  O gênero  compreende cerca de 30 espécies e é considerado “parente” dos gêneros Vanilla, Pogonia, Isotria e Cleistes, muito embora na comparação com Vanilla, as espécies deste são de crescimento epífito e caule  caracterizado por longa haste flexível enquanto Epistephium  são sempre terrestres  e hastes eretas medindo entre 30 cm a 1 metro em  média. Ken Cameron, pesquisador da sistemática filogenética no New York  Botanical Garden questiona esse “parentesco”, acreditando que num futuro próximo teremos uma revisão do gênero Epistephium.
                                                   
Ada Benelli quem corrigiu-me Ada   Benelli tem pronto um livro sobre Orquídeas da Chapada dos Guimarães,  resultado de anos de pesquisa na região e base de sua tese de mestrado  na Universidade Federal de Mato Grosso. Este livro poderá ser lançado  para venda no formato virtual, e deverá ser vendido via website do  Orquidário Cuiabá tão logo finalize sua formatação como e-book.  Tive o  privilégio de ver em primeira mão o trabalho com fotos e fiquei  maravilhado.
  
 
A Epistephium sclerophyllum é também descrita por Toscano de Brito e Phillip Cribb no livro “Orquídeas da Chapada Diamantina”, única espécie lá encontrada, conforme descrevem “amplamente distribuida no Brasil, desde o norte e nordeste, até centro-oeste e sudeste. Trata-se de plantas terrestres, que crescem em locais abertos ou entre vegetação, em afloramentos rochosos, sobre solos geralmente secos e arenosos, encontradas de norte a sul da Chapada Diamantina, entre 1.000 – 1.800m. Floresce durante todo o ano, sobretudo na primavera e verão.” Hoehne, em sua ótima coleção Flora Brasílica traz um verdadeiro tratado sobre as diversas espécies de Epistephium, incluindo a sclerophyllum, de onde foi copiado o desenho (tábula nº37 – in Flora Brasílica, fasc. 8 – vol. XII, 13-43) em nanquim que ilustra este artigo.
Classificação
 Gênero: Epistephium Kunth.; espécie: Epistephium sclerophyllum Lindley 1840; Tribo: Neottiinae; Subtribo: Vanilleae Pfitzer; Etimologia: epistephium, do grego “epistephes”, significa “coroado”, formato do epicálice no ápice do ovário. Epíteto: do grego “sclerophyllon”, “folha dura”, em referência à consistência de suas folhas. Sinônimos:  Epistephium lucidum Cogneaux, Epistephium mardenii Ruschi e Epistephium praestans Hoehne.
Gênero: Epistephium Kunth.; espécie: Epistephium sclerophyllum Lindley 1840; Tribo: Neottiinae; Subtribo: Vanilleae Pfitzer; Etimologia: epistephium, do grego “epistephes”, significa “coroado”, formato do epicálice no ápice do ovário. Epíteto: do grego “sclerophyllon”, “folha dura”, em referência à consistência de suas folhas. Sinônimos:  Epistephium lucidum Cogneaux, Epistephium mardenii Ruschi e Epistephium praestans Hoehne.
Pesquisa Orquidário Cúiabá
 
 A Epistephium sclerophyllum é também descrita por Toscano de Brito e Phillip Cribb no livro “Orquídeas da Chapada Diamantina”, única espécie lá encontrada, conforme descrevem “amplamente distribuida no Brasil, desde o norte e nordeste, até centro-oeste e sudeste. Trata-se de plantas terrestres, que crescem em locais abertos ou entre vegetação, em afloramentos rochosos, sobre solos geralmente secos e arenosos, encontradas de norte a sul da Chapada Diamantina, entre 1.000 – 1.800m. Floresce durante todo o ano, sobretudo na primavera e verão.” Hoehne, em sua ótima coleção Flora Brasílica traz um verdadeiro tratado sobre as diversas espécies de Epistephium, incluindo a sclerophyllum, de onde foi copiado o desenho (tábula nº37 – in Flora Brasílica, fasc. 8 – vol. XII, 13-43) em nanquim que ilustra este artigo.
Classificação
 Gênero: Epistephium Kunth.; espécie: Epistephium sclerophyllum Lindley 1840; Tribo: Neottiinae; Subtribo: Vanilleae Pfitzer; Etimologia: epistephium, do grego “epistephes”, significa “coroado”, formato do epicálice no ápice do ovário. Epíteto: do grego “sclerophyllon”, “folha dura”, em referência à consistência de suas folhas. Sinônimos:  Epistephium lucidum Cogneaux, Epistephium mardenii Ruschi e Epistephium praestans Hoehne.
Gênero: Epistephium Kunth.; espécie: Epistephium sclerophyllum Lindley 1840; Tribo: Neottiinae; Subtribo: Vanilleae Pfitzer; Etimologia: epistephium, do grego “epistephes”, significa “coroado”, formato do epicálice no ápice do ovário. Epíteto: do grego “sclerophyllon”, “folha dura”, em referência à consistência de suas folhas. Sinônimos:  Epistephium lucidum Cogneaux, Epistephium mardenii Ruschi e Epistephium praestans Hoehne.Pesquisa Orquidário Cúiabá

 
Nenhum comentário:
Postar um comentário