• Amo Orquideas

  • segunda-feira, 24 de maio de 2010

    ONDE CULTIVAR AS PLANTAS


    Telados
    As telas plásticas servirão, sem dúvida, para resolver com vantagens o cultivo de nossas plantas em locais mais adequados.
    A altura do telado ideal deve estar entre 3 e 4 metros, usando-se a graduação da luminosidade da tela de conformidade com a região onde iremos cultivar as plantas.
    Lateralmente, esses telados deverão ser fechados com plásticos transparentes até uma altura de 2 metros, evitando-se o vento que prejudicial às plantas. Ele também evita a entrada de insetos e pequenos animais.
    As bancadas deverão ter 1 metro de altura, com intervalos suficientes para a circulação de pessoas.

    Estufas
    Existem plantas que necessitam de ambiente mais quente e, por isso, necessitam de estufas para a sua cultura.
    No Brasil, país tropical e subtropical na maior parte de sua área, a cultura não exige estufas, com exceção dos estados do Sul, onde o inverno é rigoroso.
    As vantagens das estufas são o controle de temperatura, regas, luminosidade e umidade mais estável.
    Sua cobertura poderá ser de vidro ou plásticos pintados com cal ou látex branco. É muito importante o controle da ventilação dentro das estufas, além da temperatura e umidade ambiente.
    Nunca construa uma estufa de pequenas dimensões, pois estará construindo pequenos fornos para as plantas. Uma estufa muito quente propicia o aparecimento de pragas e doenças.
    É conveniente abrir vãos ou janelas nas paredes laterais para ventilação.

    Árvore Viva

    Esse tipo de cultura priva o orquidófilo de levar as plantas floridas para dentro de seu lar, ou mesmo de exibi-las em exposições. Em compensação, é o meio de cultivo mais fácil, pois não requer transplantes nem regas, apenas periódicas desinfecções.
    Para esse tipo de cultivo escolha árvores que tenham troncos com cascas rugosas e que percam as folhas no inverno. Dessa maneira, as plantas receberão mais luz nesse período em que a insolação é mais branda.
    Instale as plantas com ráfia ou barbante de algodão. Quando apodrecerem, a planta já se encontrará bem enraizada.
    Em regiões de muita poluição ou poeira esse tipo de cultura não é recomendável.

    CULTIVO EM JANELAS DE CASAS E APARTAMENTOS...


    Para esse tipo de cultura o orquidófilo deverá ser muito observador, corrigindo seus eventuais erros culturais.
    Cultive-as sobre uma mesa ou prateleira posta de frente para uma janela ensolarada, protegida do lado de fora por tela plástica, cortando 50% da luz. As plantas deverão receber um sol peneirado das 10 às 15 horas. Para crescer e florescer, as plantas precisam de luz. Prefira a janela do banheiro por causa da umidade.
    A temperatura ideal para a cultura é entre 15 e 25 graus centígrados, mas elas podem suportar, por períodos curtos, temperaturas mais baixas.
    As regas e umidade ambiente deverão ser controladas com bandejas com pedriscos onde se coloca água. Os vasos não deverão entrar em contato direto com a água.
    Ao comprar plantas consulte um orquidófilo mais experiente para lhe orientar sobre quais gêneros de plantas poderão ser cultivados nesses locais. Seja persistente, pois esse tipo de cultura é mais difícil.

    ESPÉCIES
    Anneliesia candida
    (ex.: Miltonia candida)
    Espécie de grande beleza e fácil cultura. Pseudobulbos achatados de 8 cm de altura, de cor verde-claro, portanto duas folhas estreitas de 15 cm de comprimento. Inflorescência com cinco a sete flores vistosas, de 6 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas amareladas, zoneadas de máculas transversais castanhas. Labelo arrendondado, anelado e largo, quase ceroso, de cor roxa na parte basal e branca na parte frontal. Floresce em março/abril.

    Catasetum pileatum
    Lindíssima espécie da Hiléia Amazônica que vegeta numa altitude entre 100 e 300 metros, em clareiras e a pleno sol. Tem grandes flores de cor branco-leitosa ou amareladas. Labelo em forma de concha, amarelo-claro, dotado de curto esporão na parte interior de cor laranja-avermelhada. Pétalas e sépalas com 5 cm, cujo labelo atinge até 7 cm de comprimento por 8 cm de largura. A coluna apresenta dois cirros assovelados. São conhecidas e disputadas algumas variedades lindas e raras. Floresce no outono.
    Catasetum: Gênero classificado por L. C. Richard ex Kunth, em 1822. nome deriva do grego "Kata", penugem, fimbria, e "Seta", encrespado, pela forma do labelo de suas flores. Gênero com mais de 300 espécies que despertam muito interesse dos botânicos por apresentarem extraordinário disformismo em suas flores (femininas, masculinas e hermafroditas encontradas muitas vezes na mesma haste floral), e o interessante mecanismo de sua polinização. Suas polínias estão alojadas num caudículo alargado e elástico, esticado sobre uma espécie de cavalete (saliência do epiquilio), que as lança a grande distância, graças aos dois apêndices sensíveis. Bastará que m inseto toque na antena para ela imediatamente se retrair e lançar para fora as políneas.

    Baptistonia echinata
    Delicada espécie que vegeta nas Serras do Mar e Mantiqueira, numa altitude entre 300 e 600 metros. Pseudobulbos muito alongados, estreitando-se na base, com 15 cm de altura, portanto duas ou três folhas estreitadas e lanceoladas de cor verde-brilhante. Inflorescência com 25 cm de comprimento, multifloras levemente curvadas em virtude do peso de suas flores. Flores de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas branco-esverdeadas maculadas de cor castanha. Labelo interna e extremamente de cor amarelo-ouro com estrias púrpuras. Lóbulo central de escuro púrpura-avermelhado. Floresce na primavera.
    Baptistonia: Gênero classificado por Barbosa Rodrigues, em 1877. nome dedicado ao etmologista Dr. Baptista Caetano D'A Nogueira, pela passagem de seu centenário. Encontra-se na subespécie Oncidieae. Gênero epífita com a única planta.

    Campylocentrum pubirhachis
    Espécie de orquídea muito curiosa, sem caule, sem pseudobulbos ou folhas, apresentando somente rudimentos, quase imperceptíveis ou escamiformes, de pequeninas folhas. Hastes florais de 2 cm de altura com minúsculas flores de menos de 1 milímetro de diâmetro de cor branco-esverdeadas. Vegeta em matas com muita luminosidade e umidade, numa altitude de 500 a 800 metros. Floresce na primavera.
    Campylocentrum: Gênero classificado por Benthan e J. Linn, em 1881. nome deriva do grego "Kampylos", torcido, recurvado, e "Kentrom", esporão, em alusão ao curto e pontudo esporão de suas flores. Encontra-se na subespécie Sarcantheae-Angraecinae, tem cerca de 30 espécies, algumas com crescimento monopodial e folhas alternadas. Para todo o gênero suas flores são bastante parecidas.

    Capanemia superflua

    (ex.: Capanemia uliginosa)
    Pequena e linda espécie com aspecto semelhante aos Leptotes, ou a uma pequena Brassavola. Pseudobulbos cilíndricos de 1 cm de altura. Folhas também cilíndricas, espessas, carnosas e levemente acuminadas de 3 cm de comprimento e sulco longitudinal. Hastes florais com oito a doze flores brancas com 3 milímetros de diâmetro e minúsculo labelo amarelo. Existe uma variedade com flores róseas. Suas plantas do sul do Brasil são de maior porte. Sua cultura requer luz e umidade. Floresce entre setembro e dezembro. Vegeta em altitude entre 600 e 800 metros.
    Capanemia: Gênero classificado por Barbosa Rodrigues, em 1877. Nome dedicado ao centenário do naturalista Dr. Guilhermo Schuch, de Capanema. Encontra-se na subespécie Oncidieae.

    Cattleya amethystoglossa
    Robusta espécie epífita ou rupícola que vegeta num habitat de muita insolação e numa altitude de 900 metros. Pseudobulbos cilíndricos e rijos de até 1 metro de altura, encimados por duas ou três folhas coriáceas e arredondadas de 10 cm de diâmetro, na cor rosa, densamente salpicadas de istmo de cor ametista. Floresce entre agosto e outubro.

    Catasetum fimbriatum
    Espécie com pseudobulbos fusiformes de 15 cm de altura. Folhas em número de duas a quatro, elípticas, acuminadas, finas, plissadas, de cor verde-cana e que atinge 30 cm de comprimento. Inflorescências masculinas arqueadas com sete a quinze flores de 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas verde-amareladas, com leves máculas transversais avermelhadas. Labelo verde-amarelado em forma de leque, com muitas fímbrias longas de cor amarelada. Floresce o ano todo.

    Cattleya elongata

    Espécie com pseudobulbos eretos, cilíndricos, de até 1 metro de altura, com duas ou três folhas grandes, oblongas, elípticas e coriáceas e que se partem com facilidade. Inflorescências com mais de 40 cm de altura que surgem do meio das folhas, portanto duas ou três flores de 8 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor bronze-avermelhadas. Labelo largo em forma de istmo de cor púrpura. Vegeta em campos arenosos alagadiços ou rochas, sob intensa insolação numa altitude entre 500 e 800 metros. Floresce em novembro.

    Cattleya intermédia
    Espécie bastante encontrada no litoral sul brasileiro, desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta com pseudobulbos roliços, sulcados e finos com até 30 cm de altura, bifolhados. Inflorescências com três a cinco flores de 10 cm de diâmetro. A planta tem pétalas e sépalas róseas ou brancas e labelo púrpura-carregado. Existem dezenas de magníficas variedades. Sua cultura, que pode ser avaliada como difícil, requer muita luz e umidade atmosférica. Floresce de setembro a novembro.

    Cattleya schilleriana

    Espécie em vias de extinção em seus habitats naturais. Pseudobulbos sulcados e bifolhados. Inflorescências com três a cinco flores de 15 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor verde-oliva, matizadas de marrom-bronzeado, salpicadas de púrpura. Labelo profundamente trilobado e reuniforme, com lóbulos laterais exteriormente brancos com matizes purpúreos. Lóbulo frontal grande, séssil, carmesim, com veias e margens brancas e disco amarelo. Vegeta numa altitude entre 300 a 600 metros. Floresce no inverno.

    Cattleya tigrina
    (ex- Cattleya guttata)
    Espécie com pseudobulbos eretos, cilíndrico, de até 1 metro de altura com duas folhas oblongas elípticas. . Inflorescências com cinco a oito flores de 8 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas verde-amareladas, salpicadas de púrpura-escuro. Labelo trilobado com lóbulos laterais exteriormente esbranquiçados. Lóbulo central e frontal papiloso de cor ametista-purpúreo. Tem perfume de baunilha. Floresce em dezembro.
    Var.: Leopoldii — flores de cor marrom-chocolate. Floresce em janeiro/fevereiro.
    Var.: Prinzii — flores menores, mas em maior número, de cor amarelo-esverdeadas. Floresce em fevereiro/março.
    Cattleya: Gênero classificado por Lindley, em 1824. nome dedicado a William Cattley, entusiasta horticultor inglês. Encontra-se na subsérie Laeliae. Gênero exclusivamente americano que congrega cerca de 80 espécies com flores grandes, de invulgar beleza, que possuem quatro políneas.

    Cattleya velutina
    Espécie também em vias de extinção em seus habitats naturais. A variedade paulistana está completamente extinta, enquanto ainda aparece a variedade paulista, que tem por habitat o Vale do Rio Paraíba, e da variedade Litzeii aparecem sempre alguns exemplares. Esta última variedade apresenta pseudobulbos com 80 cm de altura, cilíndricos e com duas ou três folhas arredondadas e coriáceas. Inflorescências com três a cinco flores de 6 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas estreitas e bastante onduladas de cor castanho-ocre, salpicadas muitas vezes de violeta. Labelo largo, reuniforme, de cor branca com veias lilás-azulado com zona marginal ocre-claro. Gosta de locais sombreados. Vegeta numa altitude entre 300 a 600 metros e floresce em fevereiro/março.

    Epidendrum denticulatum
    Espécie mineira que vegeta sempre numa altitude acima de 2000 metros. É uma espécie terrestre vigorosa e de crescimento monopodial, com até 1 metro de altura e muita insolação. Inflorescências longas de 50 cm de comprimento, encimadas por um verdadeiro globo de flores de 1 cm de diâmetro. Elas são de colorido amarelo intenso e florescem no verão. É de muito difícil cultura fora de seu habitat.

    Epidendrum setiferum
    Modesta espécie rupícola que tem crescimento monopodial e que ramificou com facilidade. Vegeta numa altitude entre 900 e 1200 metros. Pseudobulbos de até 50 cm de altura com folhas obtusas e carnosas de cor verde-claro e 15 cm de comprimento. Escapos florais saem no ápice dos pseudobulbos e têm 15 cm de comprimento portando de cinco a oito flores de 3 cm de diâmetro. Todas as peças florais têm consistência cerosa e carnosa na cor amarelo-ocre brilhante. Floresce em setembro.
    Epidendrum: Gênero classificado por Linnaeus, em 1753. Nome deriva do grego “Epi”: sobre e “Dendrum”: sobre as árvores, em alusão ao epifitismo de duas plantas. Encontra-se na subtribo Laeliae. Gênero terrestre e epífita com 750 espécies que vegetam na América Tropical, desde a Flórida até o Paraguai.

    Epidendrum setiferum
    Planta terrestre com até 60 cm de altura cujas flores são muito semelhantes a de uma Cattleya. Vegeta em campos limpos e em cerrados, numa altitude entre 700 e 1000 metros. Folhas largas, rijas e crassinervadas com 20 cm de comprimento. Racimos florais de 60 cm de altura com flores que se abrem em sucessão. Flores com 15 cm de diâmetro de cor lilás-escuro brilhante, bastante parecidas com as de uma Cattleya libiata. Sua planta é muito difícil de ser transplantada por serem suas raízes e rizoma muito quebradiços. Floresce em novembro/dezembro.
    Epidendrum: Gênero classificado por Humboldt, Bonpland, Kunth, em 1822. Nome deriva do grego “Epistephes”, em alusão à forma de ovário de suas flores. Encontra-se na subsérie Vanilleae.

    Laelia alaori
    Espécie classificada há poucos anos. Muito afim da Laelia pumila, pois faz parte das Adrolaelias. Seu habitat é no topo das árvores com mais de 50 metros de altura, no litoral da Bahia, numa altitude entre 100 e 300 metros. Região de matas muito úmidas, cobertas sempre por densas neblinas. Pseudobulbos roliços e curtos, com 2 cm de altura e uma só folha, igual à Laelia pumila. Flores de 7 cm de diâmetro que não se abrem totalmente e são geralmente concolores e de cor rósea-claro. Muito delicadas. Floresce em agosto/setembro.

    Laelia blumenscheinii

    Delicada espécie rupícola que vegeta sobre rochas numa altitude entre 900 e 1200 metros. Pseudobulbos cilíndricos com 10 cm de altura e folhas coriáceas, claviculadas e largas com 20 cm de comprimento de cor verde-lilacina. Inflorescências com 40 cm de altura, eretas e com oito a 15 flores de 2 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas amarelo-ocre. Labelo pequeno da mesma cor com estrias vermelhas. É muito vistosa e floresce no verão.

    Laelia crispata
    (ex- Laelia rupestris)
    Espécie com pseudobulbos altos de 20 cm, estreitando-se para cima e sustentando umas folhas grossas e claviculada de 25 cm de comprimento, de cor verde-acinzentada. Inflorescências eretas de 30 cm de altura com seis a 10 flores de 3 cm de diâmetro de cor lilás-magenta. É bastante usada em hibridações modernas para obtenção de flores de tamanho médio. Pode ser cultivada em pleno sol. Floresce entre agosto e setembro.

    Laelia flava

    Espécie com pequenas flores. Pseudobulbos cilíndricos estreitando-se para cima com 10 a 20 cm de altura sustentando uma ou mais folhas estreitas e coriáceas de cor verde-claro. Inflorescências eretas com oito a 10 flores de 2 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas amarelas. Labelo pequeno e bem encrespado, também de cor amarelo-canário. Seu habitat, a oeste de Minas Gerais, numa altitude de 800 metros, está quase totalmente destruído pela extração de pedras para construções e pelo fogo, porque essas vegetam no meio do capim. Floresce entre abril e junho.

    Laelia ghullanyi

    Espécie pequenas com pseudobulbos curtos e ovais de 3 cm de altura, com uma folhas carnosa e sulcada de cor verde-bronzeado. Inflorescências de 10 cm de altura, com duas ou três flores de 3 cm. Pétalas e sépalas de boa forma e largas. Sua cor vai desde o branco-leitoso até a cor magenta-escuro. Seu habitat é muito úmido, sobre pedras, e numa altitude de 900 metros. Floresce em setembro/outubro.

    Laelia jongheana
    Espécie preciosa que já teve seus diversos habitats mineiros destruídos pela coleta indiscriminada de plantas. Vegeta em matas sombrias e úmidas, numa altitude de 500 metros. Pseudobulbos roliços densamente agrupados em rizoma rastejante. Flores de 12 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de delicada cor lilás-róseo sedoso ou rosa-salmão claro.Labelo róseo encrespado e crispado na fauce de cor amarela-esbranquiçada. Floresce entre junho e agosto.

    Laelia pfisteri

    Pequena espécie que vegeta sobre pedras calcáreas em região bastante seca no interior baiano, numa altitude de 800 metros. Pseudobulbos com 5 cm de altura, folhas coriáceas e estreitas de cor verde-bronzeadas. Hastes florais de 40 cm de comprimento, com três a seis flores de 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas lanceoladas e pontudas, de cor lilás-escuro brilhante e de delicada consistência. Labelo afilado da mesma cor. Floresce em outubro/novembro.

    Laelia xanthina
    Espécie robusta com pseudobulbos de 15 cm de altura e folhas elípticas e coriáceas de cor verde-escuro. Inflorescências com duas ou três flores de 8 cm de diâmetro, de cor amarelo-enxofre com pedicelos bastante compridos. Floresce em novembro/dezembro.
    Laelia: Gênero classificado por Lindley, em 1831. Encontra-se na subsérie Laeliae. Seu nome foi provavelmente dado em homenagem a Laelia, ima das sacerdotisas virgens, ou originário das mulheres da família de Laelias da Antiga Roma.

    Laelia flavescens

    Espécie que forma grandes touceiras nas copas de árvores e vegeta a pleno sol, numa altitude entre 600 e 900 metros. Pseudobulbos compridos com 15 de altura, facialmente compridos e ligados por rizoma rasteiro e fibroso. Folhas compridas, lineares e liguladas com 20 cm de comprimento e cor verde-claro amarelado. Inflorescências longas com mais de 1 metro, com seis a doze flores de 5 cm de diâmetro, estreladas, de cor amarelo-palha com pétalas e sépalas acuminadas e estreitas. Labelo branco com delicado desenho avermelhado. É de fácil cultura. Floresce na primavera.

    Miltonia: Gênero classificado por Lindley, em 1837. Nome dado em homenagem ao Visconde Milton (1786/1857), da Casa Wentworth, de Yorkshire, dedicado e zeloso amigo das ciências naturais. Encontra-se na subtribo Oncidieae. Gênero americano com vinte espécies.

    Oncidium crispum
    Espécie muito decorativa e florífera com pseudobulbos oblongos e ovóides, lateralmente compridos, sulcados e de cor verde-bronzeado, com duas ou três folhas lanceoladas, coreáceas e finas, de 25 cm. Inflorescências com quinze a trinta flores ramificadas e paniculadas. Flores de 5 cm de diâmetro com pétalas e sépalas com margens onduladas e encrespadas, de cor amarelo-esverdeado até marrom-chocolate bem carregado. Labelo grande, vistoso e aplainado do mesmo colorido, com as margens mescladas de amarelo com zona basal amarelo-brilhante. Vegeta numa altitude de 800 a 1200 metros e floresce de janeiro a março.
    Var.: Albina ― flores de cor amarelo-nanquim
    Var.: Olivácea ― flores de cor verde-oliva
    Var.: Grandiflora ― flores com 8 cm de diâmetro, mais vistosas, que florescem em outubro e novembro.

    Oncidium crispum
    Linda espécie rupícola que aparece em locais muito secos, enraizadas em plena pedra de minério de ferro, numa altitude entre 700 e 900 metros. Pseudobulbos de 4 cm de altura, coroados com duas ou três folhas oblongas e estreitas de 10 cm de comprimento e cor verde-claro. Inflorescências eretas com três a oito flores de 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor marrom-escuro. Labelo grande e bilobado de cor amarelo-puro e brilhante. É comum encontrar no seu habitat plantas com muitas folhas secas. Floresce na primavera.

    Oncidium sarcodes
    Espécie que vegeta nas Serras do Mar, Cantareiras e Mantiqueiras, numa altitude de 200 a 900 metros. Pseudobulbos bem alongados, estreitando-se na base, com 20 cm, coroados com duas ou três folhas lanceoladas de cor verde-brilhante. Inflorescências que chegam a 1,5 m de comprimento, bastante ramificadas. Flores de 2 cm de diâmetro com bastante variação de colorido, que vão do amarelo com máculas castanhas e outras que parecem retoques luminosos. Ela gosta de locais sombrios e um pouco úmidos. Florescem na primavera.

    Oncidium spilopterum
    Espécie rupícola que vegeta em campos ou rochas, em região saturada de umidade em Minas Gerais, numa altitude entre 1800 e 2000 metros. Pseudobulbos ovais, sulcados, de cor amarela, sustentando duas ou três folhas de 25 cm de comprimento. Inflorescências de até 60 cm de comprimento, com muitas flores de 2 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas estreitas de cor amarelo-pálido com pequenas manchas castanhas. Labelo levemente quadrilobado e crespo, cor amarelo-vivo. Crista curiosamente denticulada de cor lilás. Floresce em novembro/dezembro.

    Oncidium varicosum
    Var. rogersii
    É um dos nossos melhores Oncidium. Labelo grande e colorido intenso. Pseudobulbos ovais e oblongo ovais, sulcados de cor verde-claro pintalgados de cor marrom, de 10 cm de altura com duas folhas lanceoladas de 25 cm de comprimento. Inflorescências que atingem 1 metro de comprimento, ramificadas e paniculadas com flores de 6 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas levemente esverdeadas com manchas de cor castanho. Labelo de até 5 cm de diâmetro de cor amarelo-ouro brilhante, lóbulos laterais pequenos e arredondados. Lóbulo central reniforme e muitas vezes quadrilobado. Medra numa altitude entre 500 e 900 metros. Floresce em abril/maio.
    Var.: Baldima ― com forte mácula preta no centro do labelo.
    Oncidium: Gênero classificado por Swartz, em 1800. o nome deriva do grego “Onkos”, diminutivo de tumor, em razão da calosidade que aparece no labelo de suas flores. Encontra-se na subtribo Oncidieae. Gênero com 750 espécies basicamente epífitas. Vegetam em toda a América, desde a Flórida até a Argentina. A maioria de suas flores são de cor amarelo ou marrom.

    Promenaea xanthina

    Espécie com plantas pequenas e mimosas. Pseudobulbos pequenos com 1 cm de altura, sulcados e de cor verde-claro, encimados com duas folhas, de 7 cm de comprimento na cor verde-claro sedoso. Flores de 3 cm de diÂmetro com pétalas e sépalas de cor amarelo-puro. Labelo com lóbulo frontal ovóide, amarelo, e lóbulos laterais oblongos, salpicados de vermelho, calo grande, amarelo, com cinco dentes. Coluna com face inferior salpicada de vermelho. Vegeta sobre árvores numa altura de 1 metro do chão, em matas da Serra do Mar, numa altitude entre 300 e 700 metros. É de fácil cultura em locais sombrios e com substrato levemente úmido. Floresce no verão.
    Promenaea: Gênero classificado por Lindley, em 1843. Seu nome deriva do grego “Promeneia”, de Promeneia, uma sacerdotisa de Dodona, parente de Heródoto.

    Psychopsiella limmingheii
    (ex-Oncidium limmingheii)
    Curiosa espécie de planta rasteira formando verdadeiros tapetes no tronco das árvores hospedeiras. Pseudobulbos com 1 cm de altura que ficam deitados, chatos e enrugados, de cor verde-bronzeado e com uma só folha, fina, fusiforme, oval, medindo 2 cm, de cor verde maculada de marrom. Inflorescências bastante finas, uniformes, cujas flores aparecem no seu ápice, uma após a outra. Flores de 2 cm de diâmetro de cor amarela com máculas marrom-avermelhado. Muito sóbrias. Florescem em abril/maio.
    Psychopsiella: Gênero recém-riado para essa espécie que foi destacada do gênero Oncidium. Encontra-se na subsérie Oncidieae.

    Rodiguesia lanceolata
    (ex-Rodriguezia secunda)
    Espécie com rizoma alongado e ascendente. Pseudobulbos ovais, aproximados, sustentando uma única folha oblonga e acuminada de 10 cm de altura de cor verde-claro. Racimos recurvados com três a seis flores de 3 cm de diâmetro, de cor roxo-lilás e labelo cuneiforme de cor mais forte e cristas salpicadas de vermelho. Florescem de fevereiro a abril. Vegeta em habitats ensolarados nos estados do Pará e Mato Grosso, até em praças públicas.
    Rodriguesia: Gênero classificado por Ruiz e Pavón, em 1794. Nome dado em homenagem a Manoel Rodrigues, botânico espanhol e contemporâneo dos exploradores Ruiz e Pavón. Encontre-se na subfamília Yonopsideae. Gênero de pequenas plantas que vegetam desde a Costa Rica até o Brasil e Peru. Tem 30 espécies epífitas.

    Scuticaria kautskyi
    Rara espécie capixaba que vegeta em matas úmidas e sombrias, numa altitude entre 1200 e 1500 metros. Pseudobulbos curtos e cilíndricos de 2 cm de altura. Folhas roliças e eretas de 15 cm de altura de consistência coriácea. Escapo floral de 20 cm, com flores vistosas de 10 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor marrom-bronzeado. Labelo quadrilobado de cor amarelo-ouro com máculas purpúreo-arroxeadas, listrado de vermelho. Floresce na primavera.

    Scuticaria steelii
    Espécie amazônica com folhas cilíndricas e flageliformes com até 80 cm de comprimento. Inflorescências eretas de 5 cm de altura incluindo os pedicelos. Flores vistosas de 9 cm de diâmetro, muito perfumadas. Sépalas ovais, obtusas, de cor amarela maculadas de castanho. Pétalas menores do mesmo colorido. Labelo quadrilobado, amarelo-claro com máculas purpúreo-arroxeadas. Calo curto amarelo-laranjado, listrado de vermelho. Coluna branca, levemente salpicada de vermelho. Vegeta em mata sombria numa altitude entre 100 e 300 metros. Floresce no verão.
    Scuticaria: Gênero classificado por Lindley, em 1843. Nome derivado do latim “Scutica”: chicote, em alusão ao formato alongado e pendente de suas folhas. Encontre-se na subtribo Maxilariae.

    Zygopetalum sellowyi
    Espécie miniatura e terrestre que tem como habitat campos e barrancos úmidos e ensolarados de Minas Gerais, numa altitude entre 900 e 1000 metros. Pseudobulbos com 1 cm de altura que ficam semi-enterrados, sustentando duas folhas estreitas de 15 cm de comprimento. Inflorescências com até 20 cm de diâmetro, portanto de cinco a oito flores de 1 cm de diâmetro. Labelo largo e totalmente branco. Floresce na primavera.
    Zygopetalum: Gênero classificado por Hooker, em 1827. Nome derivado do grego “Zygon”, junta, e “Petalon”, pétala, em alusão ao formato do labelo de suas flores. Encontra-se na subtribo Zygopetaleae.

    Cattleya eldorado
    Espécie amazônica encontrada numa altitude entre 100 e 300 metros. Pseudobulbos rijos e sulcados de 20 cm de altura, sustentando uma única folha de 30 cm de comprimento, oblonga e bem coriácea. Inflorescências com uma a três flores de 18 cm de diâmetro de cor rosa-pálido, branco ou rosa-lilás. Labelo mais comprido com cores vivas, limbo encrespado e marginado com grande mácula central alaranjada e marginada de cores branca e púrpura. É muito perfumada. Floresce em abril/maio.
    Pesquisa da Internet

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário