• Amo Orquideas

  • terça-feira, 6 de abril de 2010



    Ambientalista brasileiro dedica a vida às orquídeas
    Um senhor de 85 anos tem uma história comovente, emocionante para contar: ele dedicou a vida a uma flor. Na Região Serrana, na cidade de Domingos Martins, cercada por fragmentos de Mata Atlântica que sobrevivem ao tempo, Roberto Kautsky é referência. Motivo de orgulho para quem pensa no meio ambiente. É muito conhecido no mundo inteiro, diz um homem. O nome dele hoje eu acho que é maior do que o de Domingos Martins quando se trata de orquídeas, complementa outro homem. Foi paixão à primeira vista. As orquídeas e suas diferentes formas e cores seduziram o experiente pesquisador quando ele ainda era criança. Eu comecei com 9 anos de idade e estou com 85, conta o ambientalista Roberto Kautsky. As descobertas que ele fez sobre a Mata Atlântica são assuntos de publicações pelo mundo. Há um livro é em japonês, uma edição em alemão. Frutos de anotações minuciosas, reconhecidas pela ciência. O ambientalista guarda parte do tesouro que tem bem perto de casa. São mais de 120 espécies descobertas na região que levam o nome de Kautsky ou de parentes dele. Outras centenas de plantas registradas e documentadas em livros apareceram graças ao olhar cuidadoso do especialista, que viu mais do que orquídeas. É uma bromélia que se chama Neuregelia liliputiana, a menor do mundo. Foi uma descoberta minha, revela Roberto Kautsky. Ele conta como cultivar na mente tantos nomes científicos: Isso é um dom que a gente tem, orgulha-se o ambientalista. A mata fica na propriedade da família. São 33 hectares que viraram reserva ambiental. Sem desânimo, ele continua em frente, mesmo diante da doença. Aos 85 anos, Roberto Kautsky descobriu que está com câncer. É na mata que o pesquisador se sente ainda mais a vontade. Hoje, com a saúde mais frágil, os médicos da família pedem que ele fique mais quieto. Mas vai falar isso para quem sempre foi inquieto, na busca por mais vida. Ele explica de onde vem tanta vontade: Tem orquídea, tem bromélia, tem coisas nativas que eu posso ajudar a pesquisar ainda, declara Kautsky. E tem também muita disposição. Ele segue ladeira acima e não falta fôlego para descobertas. Fita vermelha para marcar outra espécie rara. Mais uma encontrada no Espírito Santo. No viveiro, as mudas se multiplicam. Trabalho do Instituto Kautsky para estimular o replantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Sensibilizar para a necessidade de recuperar e proteger os recursos naturais, descreve Fátima Santana, do Instituto Kautsky É a mais pura lição de vida.

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